QUAL A MOTA A ESCOLHER ?

Quando equacionamos adquirir uma mota, pela primeira vez, ou pela “enésima troca”, é inevitável a questão de qual comprar.

Sempre que sai um modelo novo de uma qualquer marca, há sempre um deslumbre inicial que, mais à frente, se poderá confirmar realmente como a escolha certa, ou como teria sido um tremendo erro, levado pela emoção do momento.

Há inúmeras razões para fazermos determinada escolha, umas baseadas na razão e outras no coração.

Nas baseadas no coração, é por paixão pela marca, pelo estilo e design, enfim por se adorar determinada mota.

Nas baseadas pela razão, nas quais me incluo, há uma pergunta fundamental a fazer para início de escolha:

– Para que quero a mota, qual o tipo de utilização que lhe vou dar e qual a minha experiência?

– para ir para o trabalho?

– para viajar?

– costumo andar a dois ou sozinho ?

– vou conduzir em alcatrão?

– vou fazer algumas incursões fora de estrada?

– conduzo muito de noite ?

Depois de respondermos a algumas destas questões, podemos então ver no mercado e nas marcas que mais gostamos (o coração tem sempre uma palavra a dizer, mesmo não sendo a principal razão da escolha), qual o tipo de mota que mais se poderá ajustar à nossa utilização.

Tendo como exemplo o meu caso pessoal, tenho tido motas de grande turismo, pois a utilização era além de diária para o trabalho, também para viajar. Depois tive 2 Maxi-Trail, pois além do trabalho, nas viagens também fazia alguns estradões de terra batida e uma viagem a Marrocos. Atualmente, uma vez que as viagens planeadas são em alcatrão e fazemos por norma muitos quilómetros por dia até chegarmos ao local que verdadeiramente queremos visitar, voltei a comprar uma mota de Grande Turismo.

Mas nesta escolha, além do tipo de mota, também o investimento a fazer é importante. Consoante a resposta à utilização que vamos dar, assim teremos várias opções, por vezes com preços completamente dispares, e que poderão satisfazer completamente as necessidades.

Nesta satisfação das necessidades, os componentes eletrónicos de segurança passiva não deverão ser negociáveis, pois numa emergência podem fazer a diferença (quem já não passou por isso, daqueles que têm mais quilómetros andados). O ABS, que ainda é o dispositivo de segurança mais importante, atualmente é omnipresente quase em todos os segmentos, assim como os ajustes da suspensão, umas manuais e outras eletrónicas.

O controle de tração, ABS em curva ou o Cruise Control (adaptativo ou não), são mais importantes para quem viaja grandes distâncias. Para quem como eu, gosta de viajar de noite, a iluminação é de grande importância, por isso eu ter optado por uma mota com luzes Full Led e que, mesmo em curva, a iluminação dos médios mantem-se sempre na horizontal, não fazendo aquele afundar no interior da curva, ficando sem se ver nada nesse lado.

No final, obviamente todas as razões que nos levam à nossa escolha são válidas, à luz dos nossos critérios.

Estas foram só algumas dicas, fundamentalmente para tentar ajudar quem se está a iniciar e tem mais dúvidas que certezas.

Boas curvas