Sempre que pensamos nessa pergunta, a resposta aparece sempre de uma forma intuitiva: claro que é para me deslocar de e para um qualquer local!
Hummm, penso que dessa forma, estamos a esquecer a parte mais importante e que sempre dizemos que é uma das essências do motociclista. A mota é também um “veículo” para se conhecer pessoas! Ou são outros motociclistas ou então, quem nunca estacionou a mota e passava um qualquer transeunte que meteu conversa: ou porque também tem uma, ou gostava de ter ou simplesmente acha a nossa mota espetacular …
Já passei longos minutos em conversas muito agradáveis com alguém que passava, e que com o passar do tempo, fomos derivando nos temas e se tornou muito agradável. Crianças então, é brutal! A atração que têm pelas motas é magnética, e se lhes pegamos ao colo e as sentamos lá em cima, então a sua alegria é indescritível e tão compensadora!
Numa viagem a Marrocos, com a minha mulher e o meu irmão e cunhada na outra mota, conhecemos em Chefchaouen (a cidade azul), um casal espanhol (Ilhas Canárias) que estava alojado no mesmo hotel. Acabaram por nos acompanhar no troço da viagem que nos levou a Fez. Isto aconteceu em 2018 e ainda hoje mantemos o contato, conhecemos o membro mais novo da família que, entretanto, nasceu e temos planeada uma viagem para os ir ver naquelas ilhas fantásticas e que tantas agruras têm sofrido nos últimos tempos.
Mas esta é uma de muitas histórias semelhantes que vos poderia contar em tantas outras páginas. O fator comum, é que o “veículo” que nos conduziu a todas estas pessoas, foi a mota!
Inesperadamente, dentro dum blusão de cabedal ou cordura, está uma pessoa que além de partilhar a paixão da mota, poderá revelar-se interessante e enriquecedora.
O que mais me fascina naquilo que descrevi anteriormente, é que neste mundo digital em que as pessoas têm cada vez mais dificuldade na interação pessoal, nós, motociclistas, mantemos vivas estas particularidades que nos diferenciam das máquinas: Os sentimentos e as emoções!
Boas curvas!